sábado, 22 de abril de 2017

PELA PAZ MUNDIAL


Manhã e tarde de sábado trabalhando com brilho no olho. Na volta, a chave da porta de casa abriu também espaço para o cansaço. Cá dentro, uma inquietação feito crise de azia. Vira e mexe, não sabia o que estava indo fazer, mas sabia ter de fazer algo, mudar algo, resolver algo. Nadei no seco da cama tentando achar dentro dos lençóis a paz que permitisse um cochilo. Tudo em vão. Peito e mente preenchidos por tanta coisa boa, forte, mas nossa! Que desassossego dá! Azia virou fichinha.

Um compromisso me esperava à noite tarde. Teria gente, bebida, boa música, talvez alguma conversa boa. Minha agitação era tanta que só consegui ficar em casa quase inerte. “Vamos atualizar os filmes, Larissa?”. Sem pestanejar, aceitei meu próprio convite. Primeiro “Fragmentado” e depois, para me fazer voltar a respirar, “Minha mãe é uma peça 2”. Já valeu ter enraizado por hoje.

Agora aqui, escrevendo, ouvindo bem alto aquele Belchior que maltrata, mas é tão bom. Pronto! Me empolguei! Vou falar nele. Minha história com o “rapaz latino americano”, nascido em Sobral (CE), surgiu de trás para frente. Começo de 2016, quando uma trilha de novela das 21h chamou minha atenção. Era Ana Carolina cantando, a até então desconhecida, “Coração Selvagem”.  Já era familiarizada com algumas canções do foragido mais amado do Brasil, mas ainda não era caidinha por sua obra. A descoberta chegou junto a outras sensações quase esquecidas e foi quando tomei para meu bem querer seus maiores sucessos. Belchior me causa coisas. Me faz resgatar episódios. Fico desigual. Me teletransporta e viro uma vitamina com mix de frutas doces e cítricas. O sabor ainda continua gostoso de sentir.


Já madrugada. Hora de embrulhar o que vi e o que senti e pôr para dormir juntinho de mim. Me preparar para ter novos ganhos amanhã e torcer, de dedos cruzados, pela paz mundial do meu coração!

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