domingo, 5 de julho de 2020

Na porteira da Roça da vida




                      E a porteira da Roça da vida eterna se abriu para receber o filho ilustre. Na bagagem que leva trilhando o novo caminho, um mundo de lutas, muitas vezes vitoriosas; amigos de verdade, alegria, fé em Deus e o espaço maior para sua linda e amada família.

                Esse era Assis. Nome de santo e coração humano. Humano da melhor qualidade. Era intenso como pinga curtida. Ou é ou deixa de é. Quente ou gelado. Morno dá náuseas. Desde cedo, a paixão por estrelas, tendo um xodó especial pela vermelha do seu partido do coração. Pelo PT e tudo o que abrangia a sigla, a defesa desmedida. O partido era como um filho seu. Quisesse ver aquele sorrisão dar espaço a uma fera ferida era atentar contra o partido.

                Era incansável na tarefa diária de trabalhar para o crescimento do Partido dos Trabalhadores, juntamente, com outras tantas lideranças. Dormia e acordava pensando como fazer isso acontecer sempre de formas diferentes. Tinha urgência em tudo o que estava relacionado à população como um todo; sempre lutando mais pelas minorias. Não tinha hora, nem local certo para arregaçar as mangas em defesa de quem lhe pedisse ajuda. Foi pai, padrinho de milhares de piauienses que, hoje, choram a falta de seu representante tão aguerrido.

                Seu coração humano, solidário, tão família, batia no compasso da alegria. Festeiro como ele só, adorava receber os amigos para confraternizar depois de um dia cansativo de trabalho como representante do povo. Tirava as armaduras de guerreiro para receber o rapaz que alegraria a noite com a viola. A felicidade ficava completa quando estes momentos eram compartilhados com sua Isabel e filhos. Aí era só gratidão a Deus!

                É Assis, você vai fazer uma falta danada aqui neste planeta. O desejo é que, atravessada a porteira da Roça da vida, você seja recebido em festa, do jeito que você mais gosta!

                Hoje, a estrela do PT perde um tanto do seu brilho!
     
    Vai com Deus, meu amigo!

P.S.: Depois que vim morar no Rio, uma das minhas maiores saudades são as festas na Roça (Oeiras). A última que estive presente, faltou luz e cantamos, todos, sob a luz da lua ao som da viola de Nelson Júnior.


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