E
a porteira da Roça da vida eterna se abriu para receber o filho ilustre. Na
bagagem que leva trilhando o novo caminho, um mundo de lutas, muitas vezes vitoriosas;
amigos de verdade, alegria, fé em Deus e o espaço maior para sua linda e amada família.
Esse
era Assis. Nome de santo e coração humano. Humano da melhor qualidade. Era intenso
como pinga curtida. Ou é ou deixa de é. Quente ou gelado. Morno dá náuseas.
Desde cedo, a paixão por estrelas, tendo um xodó especial pela vermelha do seu
partido do coração. Pelo PT e tudo o que abrangia a sigla, a defesa desmedida. O
partido era como um filho seu. Quisesse ver aquele sorrisão dar espaço a uma
fera ferida era atentar contra o partido.
Era
incansável na tarefa diária de trabalhar para o crescimento do Partido dos
Trabalhadores, juntamente, com outras tantas lideranças. Dormia e acordava pensando
como fazer isso acontecer sempre de formas diferentes. Tinha urgência em tudo o
que estava relacionado à população como um todo; sempre lutando mais pelas
minorias. Não tinha hora, nem local certo para arregaçar as mangas em defesa de
quem lhe pedisse ajuda. Foi pai, padrinho de milhares de piauienses que, hoje,
choram a falta de seu representante tão aguerrido.
Seu
coração humano, solidário, tão família, batia no compasso da alegria. Festeiro
como ele só, adorava receber os amigos para confraternizar depois de um dia cansativo
de trabalho como representante do povo. Tirava as armaduras de guerreiro para
receber o rapaz que alegraria a noite com a viola. A felicidade ficava completa
quando estes momentos eram compartilhados com sua Isabel e filhos. Aí era só
gratidão a Deus!
É
Assis, você vai fazer uma falta danada aqui neste planeta. O desejo é que, atravessada
a porteira da Roça da vida, você seja recebido em festa, do jeito que você mais
gosta!
Hoje,
a estrela do PT perde um tanto do seu brilho!
Vai com Deus,
meu amigo!
P.S.: Depois
que vim morar no Rio, uma das minhas maiores saudades são as festas na Roça
(Oeiras). A última que estive presente, faltou luz e cantamos, todos, sob a luz
da lua ao som da viola de Nelson Júnior.
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