Um dia, em outra cidade, entre quatro, seis, oito..sei lá
quantas paredes, havia um meio estresse da parte de lá. Nada que a milagrosa massagem nos pés com aquele trambolho não
resolvesse.
E eu mesmo tendo dormido a tarde inteira em outro local,
estava cansada de esperar por sua chegada...Nunca demorou tanto chegar sete da noite. Me desloquei até lá, baixei a maçaneta e hospedei a mala. Mesmo exausta, uma enxurrada de carinhos! Sentei na
beirinha da cama, botei na tomada o massageador, em seguida procurei uma que
prestasse(rs) para, enfim, descansar o rapaz com aquelas “tremidinhas”
frenéticas na sola de seus pés.rs.
Passaram a noite, a noite e a noite..Algumas noites dentro
de uma só. Naquele momento, apenas ficar perto já era nuvem de algodão doce.
Ai,ai...Enquanto escrevo, um suspiro longo e degustado, ouvido e refletido.
Olhos que não param de sorrir.
Amanheci seca por imagens daquele local que gritava para
sobreviver em meio à avalanche de modernidade. Prédios do século passado. Cada
um de braço dado com histórias mil. E da janela do segundo piso, as histórias sendo
tão bem repassadas para esta garota ainda assimilando a beleza da arquitetura
local.
Antes de descer para corujar aquele centro, um banho só meu,
enquanto o outro espichava-se na horizontal. Debaixo do chuveiro: Eu, Bebel
Gilberto, Cazuza e Dé... “Quando a gente conversa, contando casos besteiras.
Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos. E eu nem que hora dizer. Me dá
um medo...Que medo!Eu preciso dizer que te amo. Te ganhar ou perder, sem enganos...”.
E assim foi musicado aquele banho.Do começo ao fim cantei apenas
esta...baixinho, suave, devagar, com arrepios vindos das lembranças de minutos
antes. Coisa boa... Saí enrolada na toalha e ele pediu: “Canta de novo!”
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