quinta-feira, 26 de abril de 2012

Nós quatro no chuveiro!


Um dia, em outra cidade, entre quatro, seis, oito..sei lá quantas paredes,  havia um meio estresse da parte de lá. Nada que a milagrosa massagem nos pés com aquele trambolho não resolvesse. 

E eu mesmo tendo dormido a tarde inteira em outro local, estava cansada de esperar por sua chegada...Nunca demorou tanto chegar sete da noite. Me desloquei até lá, baixei a maçaneta e hospedei a mala. Mesmo exausta, uma enxurrada de carinhos! Sentei na beirinha da cama, botei na tomada o massageador, em seguida procurei uma que prestasse(rs) para, enfim, descansar o rapaz com aquelas “tremidinhas” frenéticas na sola de seus pés.rs.

Passaram a noite, a noite e a noite..Algumas noites dentro de uma só. Naquele momento, apenas ficar perto já era nuvem de algodão doce. Ai,ai...Enquanto escrevo, um suspiro longo e degustado, ouvido e refletido. 
Olhos que não param de sorrir.

Amanheci seca por imagens daquele local que gritava para sobreviver em meio à avalanche de modernidade. Prédios do século passado. Cada um de braço dado com histórias mil. E da janela do segundo piso, as histórias sendo tão bem repassadas para esta garota ainda assimilando a beleza da arquitetura local. 

Antes de descer para corujar aquele centro, um banho só meu, enquanto o outro espichava-se na horizontal. Debaixo do chuveiro: Eu, Bebel Gilberto, Cazuza e Dé... “Quando a gente conversa, contando casos besteiras. Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos. E eu nem que hora dizer. Me dá um medo...Que medo!Eu preciso dizer que te amo. Te ganhar ou perder, sem enganos...”.

E assim foi musicado aquele banho.Do começo ao fim cantei apenas esta...baixinho, suave, devagar, com arrepios vindos das lembranças de minutos antes. Coisa boa... Saí enrolada na toalha e ele pediu: “Canta de novo!”

 

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